domingo, 28 de setembro de 2008

Distração

Se você não se distrai, o amor não chega, a sua música não toca.

Zélia Duncan - Distração

 

A mais pura verdade. Paremos de esperar o amor, esperar alguém dizer que nos ama. Paremos de esperar o inesperado, esperar a surpresa. Assim, perde todo o sentido e a graça de realmente te surpreender.

Uma vez comentei com uma pessoa, que é horrível desejar muito alguma coisa, depois quando tê-la, ficar sem saber se era isso mesmo que queria, e bater um arrependimento. Essa pessoa foi categórica: "pare de esperar, permita-se surpreender". Me calei desde aí. Não espero muita coisa dele, nem mesmo de mim. Parei um pouco pra descansar, esperar cansa.

A surpresa torna o presente mais doce, mais bonito, mais-mais. Não estrague tudo. Distraia-se! Vá pruma praça chutar latas, vá pro cinema sozinha, vá pra lanchonete, sente numa mesa pra dois e fique escutando música e rindo de si mesma, não espere mais nada. Permita-se a ter felicidade e prazer sozinha. Restrinja sua felicidade a você mesma, a única e exclusivamente à suas ações. Não dependa de ninguém para ser totalmente feliz. Quando isto ocorrer, a lei do universo vai se encarregar de te fazer uma surpresa que sua imaginação nunca conseguiria chegar.

**Mas cuidado, se distrair pra conseguir alguma coisa não é se distrair, hem?! É querer se enganar.

 

ATUALIZAÇÕES:

- Terminei o livro, não gostei muito do final. PRECISO assistir ao filme!! (Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago)

- Essa semana começam as provas, talvez demore mais pra atualizar.

 

Acho que é só. Té mais ver. Bjos! =

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Você Foi Meu Tudo (F. Hernandez)




"Este retrato. Acho que você gostaria de ficar com ele", disse Pedro a Julia. Era uma foto dela quando criança, talvez quatro anos, ou cinco. Ela o dera a ele quando se apaixonaram, e escrevera em sua letra infantil e inclinada para trás: "Repare nos olhos. Eles mostram que eu já estava apaixonada por você, e que iria te amar para sempre". Era uma foto em preto e branco.

Pedro lera um dia um conselho de um mestre zen. O mestre dizia que a gente deveria conservar perto de nós uma foto nossa de criança, para lembrarmos para sempre os dias em que não havíamos sido, sei lá, corrompidos pela vida e nem tinham sido destruídos nossos sonhos e crenças e ilusões. Ela releu o que escrevera naquela foto.

"Eu ... eu só tinha olhos para você, Pedro. Aquela música que você ouviu numa época sem parar. Acho que se chama I Only Have Eyes For You. Se você me dissesse para me atirar do alto de um prédio, eu me atirava. Você foi meu... você foi meu tudo, Pedro."

"Outro dia li uma frase que me lembrou o papel que tive a seu lado", disse Pedro. "Não me lembro exatamente as circunstâncias. Imagino que tenha sido um sábio grego, mas pode ter sido um guerreiro romano. O cara disse: fracassei, mas tentei. É uma sentença que simboliza a imagem que tenho de mim com você. Fracassei, mas tentei."

"Tentou o que, Pedro? Eu seria capaz de me matar por você. Você não perderia um jogo de futebol por mim. Eu sempre me senti tão pequena diante de sua preocupação com a carreira. Carreira primeiro, carreira segundo, depois eu."

"Eu fiz o que consegui fazer", disse Pedro.

"Pedro, Pedro", ela disse. "O que vai ser de nós? O que vai ser de mim? Você foi minha vida. Me sinto tão perdida. Onde foi que nos perdemos de nós mesmos? Olha o que estava escrito na foto. Era para sempre, Pedro."

"Li um texto num blog outro dia. Era uma citação latina. O que não é destruído pelo tempo?"

"Eu tinha certeza de que nós não seríamos", ela disse. "Deus, como eu era tola ... ou pretensiosa. Nós éramos tão diferentes de tudo, eu pensava. Tão, tão, sei lá, tão melhores. E olhe o que restou de nós. Nós teríamos olhos apenas um para o outro. Era isso que ia acontecer, não era? Mas o tempo mostrou que ninguém tem olhos apenas para uma pessoa. Isso é ficção, não é? E ficção ruim."

"Fomos derrotados pelo tempo", Pedro disse. "Mas ganhamos a guerra da posteridade."

"Posteridade?"

"Napoleão em Santa Helena. Batido, sozinho, doente na ilha. Ele não tinha mais a espada, mas uma caneta. Escreveu suas memórias não para ganhar o mundo outra vez, mas para conquistar a posteridade. Era a batalha mais importante dele. Mais crucial que Waterloo. O que estava em jogo era o que o futuro diria de Napoleão, e para sempre. Ele venceu a guerra da posteridade."

"Napoleão, guerra. Pedro, você me parece às vezes tão fora do mundo. Estamos falando de nós. Tentando escrever o obituário do nosso amor, a cronologia do nosso naufrágio, e você me aparece com o Napoleão em Santa Helena? Napoleão conforta algum coração partido, Pedro? Você inventou um novo uso para o Napoleão? Você é criativo a esse ponto, Pedro?"

Ela tinha razão, Pedro pensou. Não era hora para trazer Napoleão e sua guerra épica pela posteridade para a conversa. Era confuso. Napoleão em Santa Helena. Mas, mas havia sim uma lógica na história napoleônica que aparecera na conversa entre os dois, pensou Pedro.

Há momentos em que o que resta aos amantes é a luta pela posteridade. Pelo que pensarão um do outro, e dos dois juntos. Quase sempre se perde essa luta. Resta raiva, rancor. Algumas poucas vezes se ganha, e as recordações que ficam aquecem noites geladas.Pedro achava que Julia e ele tinham vencido a luta pela posteridade, mas admitia que explicar isso era demasiadamente difícil. Viu-a colocar a foto que lhe dera na bolsa, e despediu-se.


Texto do Fábio Hernandez retirado da revista "Criativa".




Relações serão sempre confusas e intensas, sabia? Só mudam o endereço, a língua que falam, a boca que beija...


Bjs


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dias de Cólica




Nossa, nesses dias a paciência me falta. De todos os meus problemas nenhum me esquece! Dores infindas, poucas, muitas, agudas, de leve... constantes.

No ônibus, venho a pensar inúmeras coisas - isso é mais que necessário, caso contrário, me concentrarei a pensar na intensidade das dores e assim as aumentaria involuntariamente. Bem, voltando aos pensamentos, venho pensando sobre tanta coisa... Sobre o quanto eu deixei de lado quem há algumas semanas atrás eu achava que não mais aprenderia a viver sem. Pensava o quanto ultimamente eu tenho estado cega*, vivendo dos outros e nunca de mim, e nunca da vida. O quanto eu tinha deixado passar batido a letra da música, a flor alaranjada que caída da árvore, formava desenhos ao chão... Deixei de ver a tonalidade do céu, às vezes arroxicado, às vezes alaranjado, muitas vezes azul, azul cor de vida.

* Pequeno Adendo: Não foi por causa do Saramago essa expressão “cega”, por favor, eis aí uma palavra muito comum, expressão largamente utilizada, mesmo antes de o Saramago me terem apresentado. E além do mais, a cegeira do Saramago é muito mais profunda, vale salientar.

Voltando ao conteúdo introspectivo do post, vinha a dizer que não mais me sinto a mesma. Talvez pelas realidades do livro que venho lendo, talvez a penas por estar ocupando as horas vagas com ele, sem tempo para sonhar besteiras inúteis (redundância, eu sei, mas foi preciso frente a minha indignação). Começo a deixar pra lá, abandonar aquela paixão enlouquecida, como se tivesse me dando uma outra chance de me curar de vez.

Hoje andava pensando em mim, só em mim. Minha altura, meu corpo, minha cabeça com todos os pensamentos que nela residem. O meu caráter. Bem, quanta coisa do meu corpo eu queria mudar, tirar, colocar... muitas coisas, mas sabe de uma coisa? A maioria dessas coisas seriam para agradar a terceiros, seriam desejos de estética que pra mim nem se valiam tanto assim, mas que para os outros ressoaria muito mais. Então, que se dane! Já deixei de me importar com o que pensam de mim faz tempo, mesmo as vezes escorregando aqui e ali. Sempre vai ter alguém que vai te aceitar como você é. Sempre! E mesmo que não, não é benéfico ficar a procura, acomoda-te com teu próprio gosto, com tua própria opinião de si. Então, mais uma vez, dane-se a opinião alheia!

Quanto aos meus pensamentos, ao meu caráter, meu ser íntimo... Esse eu não me arrependo de ser. Mesmo às vezes dando cabeçadas por não poder ser de outros jeitos, a realidade é que é assim que eu prefiro. Prefiro ser a comportada, a que se veste compostamente, a que escuta as músicas incomuns, a que é inteligente, a que pensa muito, a possível virgenzinha, a que é careta. É sim, prefiro. Quem quiser rotular que rotulem, mas demorei vinte e um anos pra construir esta pessoa aqui que vos fala e não será meia dúzia de seres comuns e humanos iguais a mim, que irão me ditar como agora deverei de me portar. Se não saio, se não falo nem faço as mesmas coisas que você, é porque foi assim que escolhi ser, não se preocupe comigo. Talvez você apenas tenha a consciência que nunca poderá ser igual a mim, e admito, quem nem eu igual a você, mas não vale a pena querer padronizar. Iguais não teríamos graça. Eu quero é que riam do meu jeito falador, quero que se inquietem com o meu jeito calado e pensativo, quero é que sorriam dos meus pudores, quero que zombem da minha religião, quero que ignorem minha música. Só quero que me deixem a vontade para ser eu mesma.

Hoje, alguém falou em um grupo onde estávamos conversando, sobre o tamanho do meu nariz. Rá! Só de lembrar já começo a rir aqui... Sim ele é grande, meu amigo, e daí? Esse tal alguém dizia que se eu tivesse dinheiro, arrumaria o nariz, alisaria o cabelo e seria a gatona da vez. Não, não, se eu tivesse dinheiro, com o mesmo nariz e cabelos que tenho teria o poder de te fazer dizer que eu sou linda, talvez nem sendo, mas é que nessa sociedade nossa quem tem dinheiro é bonita, é inteligente, é honesta... Teoricamente... É a conhecida babação-de-ovo, que não me cabe aqui definir tal expressão. Mas convenhamos, meu nariz tem todo um charme, grande, expressivo, com um nó quadrado no pau da venta... Estiloso. Rá! Dane-se quem não gosta. E meus cabelos? Não me venham falar dos meus cachos, se toda a sociedade diz que cabelo bom é cabelo liso, eu quero é que queimem, pois eu nasci com cabelo enroladinho. Mesmo que hoje em dia, à base de muito creme, consigo ir domando-o, mas mesmo com muita briga entre eu ele, não me desfaria dos cachos jamais!

Ah, mas tanta ousadia me fez lembrar uma reportagem que recebi de uma amiga. Nela havia uma imagem de Gilberto de Nucci (imagem do post de hoje) que contava com a seguinte explicação: na vida, os homens andam em fila indiana, cada qual com uma bolsa na frente outra atrás de si. Na bolsa da frente, vê-se guardados todas as nossas virtudes e boas afeições, tudo de bom que se possa haver na nossa pessoa. Na mochila de trás, tudo de ruim que temos e somos, defeitos de todas as esferas. Ao andar na tal fila indiana, nos concentramos na nossa mochila da frente, supervalorizando nossas beneficies; também temos olhos fixos na mochila traseira de quem está na minha frente da fila, apontando-lhe os defeitos e ruindades. O único problema é que nos esquecemos de que atrás de nós tem um outro alguém que vive a catar e falar da nossa mochila traseira recheada de defeitos e problemas nossos. Então, abramos os olhos! Saiamos da fila!

Beijos a todo mundo!
: ) mood: thinkin’ ^^

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Jogo e A Cegueira



O JOGO - Tiago Bettencourt & Mantha


Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer
Sou eu quem não quer ver que o tudo é tão maior
Aqui está frio demais para apostar em mim.
Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e o medo faz-nos sós
És tu quem quer
Mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais para me sentir...
Mas queres ficar?
Queres levar
Tudo o que é meu
É tudo o que eu
Não sei largar
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou!
Vem que a água vai lavar o que me dói!
Vem que nem o último a cair vai perder.

Ainda sobre Saramago e Um Ensaio Sobre a Cegueira...
Esse comentário pode ser entendido por alguns como um breve spoiler, quem não quiser, favor não leia!
Estou quase a terminar o livro, e fico estarrecida a cada página que folheio... Homens e mulheres que perderam a vista e perderam o conteúdo humano que havia dentro de si. Médicos, motoristas, mulheres de casa... Gente do bem, gente do mal, gente educada, outras nem tanto, mas que na sociedade iam vivendo, segundo os padrões que ela impunha... Agora, cegos, não mais vêem normas, regras, princípios... Como se "o que os olhos não vêem, o coração não sentisse", eles se tornam animais. No significado mais primário da palavra. Pessoas, seres humanos, se tornaram animais por terem si tornado cegos da noite pro dia, sem aviso prévio nem nenhuma assistência. Eles fedem, evacuam em qualquer lugar, copulam, se arrastam, andam de quatro, arrastam-se pelo chão, não se limpam... Eu não sei como ainda falam, não apenas relincham (como já o fazem alguns). Incrível, posso dizer que até o momento (no auge da página 201) eu estou estarrecida com a natureza humana. Como o próprio Saramago diz em uma altura do livro, o mundo sem olhos se torna o mundo verdadeiro, as pessoas se mostram quem elas realmente são. Bem contraditório, terem que perder a visão para enxergarem quem são, não é mesmo? Enfim, estarrecimentos a parte, estou ansiosa para ver onde vai dar este livro, o que vai acontecer a estes pobres ratos de laboratórios cegos e imundos...

Beijos a todos! ; )

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Saramago e o Meme da Camilla


Ensaio Sobre a Cegueira


Comprei o livro Sábado, estou lendo avidamente, mas confesso que é uma leitura um pouco confusa já que ele é escrito em português de Portugal, e não sei se é porquê lá eles não tem a "interrogação" no alfabeto, mas pasmem, no livro não tem nenhuma... Só vírgulas incontáveis e ponto final para ir pra próxima idéia. É bem confuso ler um livro com uma pontuação estranha do tipo:

"A manhã estava em meio quando se ouviu a voz do altifalante na camarata, Atenção, atenção, os internados alegraram-se, pensaram que era o anúnico da comida, mas não, tratava-se da enxada, Alguém que a venha buscar, mas nada de grupos, só sai uma pessoa, Vou eu, que já falei com eles antes, disse a mulher do médico."

Complicado, né? Acho que na verdade é estranho, nem chega a ser complicado de fato. Parágrafos sem fim, sem pontos, sem interrogações, apóstrofos... Sr. Saramago deve ter escrito esse livro numa máquina de escrever com teclas falhas, ou então lá em Portugal se constuma escrever assim mesmo. Pior é vender por aqui livros sem a tradução para o "brasileiro", né? Pois ninguém merece ler "a rapariga de óculos escuros sorriu"... E ser ainda mais hilário que a tal rapariga (mulher jovem) era prostituta! kkkkk
Ah! Vale salientar que o livro inteiro não trata personagem nenhum pelo nome. Apenas "primeiro cego", "mulher do primeiro cego", "médico", "mulher do médico", "ladrão", "policial", "motorista", "rapariga de óculos escuros", "rapaz estrábico"... É como se ele tivesse se referindo a ratinhos cegos num laboratório! Incrível!

Mas a leitura é muito boa, a história se foramando, o "quê" filosófico e humanístico permeando todo o livro... É muito legal. Bem, eu ainda não terminei, ainda estou na página 89, mas já ficaram cegos muuuuuita gente e já morreram outros tantos. Sempre que puder posto uma curiosidade do livro. E quando terminá-lo, assistirei o filme, que dizem ter sido a cópia fiel do livro... Vou ver...


A seguir, um Meme!!!!



Recebi o seguinte meme da querida Camilla do blog DEVANEIOS ON LINE:

Enumere 7 canções que você ouve sempre, que estão no seu mp3, mp4, Ipod e afins, que você cantarola pela rua. Enfim, suas músicas de cabeceira:

Já que eu sou musica-maníaca, fica difícil citar a música em si, o track, então vou colocar o artista, pois geralmente escuto álbuns completos, sabe?



1º Marcelo Camelo
2º Tiago Bettencourt
3º Muse
4º Toranja
5º Jon Mclaughling
6º Sara Bareilles
7º Damien Rice




Esses são os artistas que eu mais tenho escutado ultimamente, e você? Repasso esse meme para: GURY, BRUNO e ANNA O.


Beijinhos!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Em busca da batida perfeita




Não, eu não vou falar sobre o Marcelo D2, muito menos sobre música, o título foi só pra confundir vocês... (risos) Na realidade a busca é pelo homem perfeito... Decidi transcrever os requisitos que um homem deve ter pra me conquistar, e isso acaba servindo de dica pros marmanjos de plantão, uma vez que o gosto de algumas de nós mulheres são às vezes parecidos uns com os outros.


Curioso(a)? Vai ter que clicar AQUI, pois o texto ficou muito grande pra colocar aqui... Se estiver com preguiça, sente só...


"Mas sabe como é, pegar o MP3 do bofe e escutar Celine Dion, Vanessa Camargo e Jeito Moleque... uuuuui é pra querer morrer."


"Meus amores, não tentem querer aparecer pela roupa que usa... Se quiser aparecer, procure outras formas!! Saia pelado, pendure uma melancia no pescoço... Mas só não peque na roupa, isso é erro pra forca, morte de cadeira elétrica!"


"Ele deve assistir pelo menos a um noticiário por dia, pra depois não ficar sem saber quem é Daniel Dantas ou se Satiagraha é um nome de uma vodka."


Gostou?? Então CLICA, poxa!!!!


Bjos pra vocês!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

::Details




Não adianta nem tentar me esquecer
Durante muito tempo em sua vida eu vou viver
Detalhes tão pequenos de nós dois
São coisas muito grandes pra esquecer
E a toda hora vão estar presentes
Você vai ver

Se um outro cabeludo aparecer na sua rua
E isso lhe trouxer saudades minhas, a culpa é sua
O ronco barulhento do meu carro
A velha calça desbotada ou coisa assim
Imediatamente você vai lembrar de mim

Eu sei que um outro deve estar falando ao seu ouvido
Palavras de amor como eu falei, mas, eu duvido
Duvido que ele tenha tanto amor
E até os erros do meu português ruim
E nessa hora você vai lembrar de mim

A noite envolvida no silêncio do seu quarto
Antes de dormir você procura o meu retrato
Mas na moldura não sou eu quem lhe sorri
Mas você vê o meu sorriso mesmo assim
E tudo isso vai fazer você lembrar de mim

Se alguém tocar seu corpo como eu, não diga nada
Não vá dizer meu nome sem querer à pessoa errada
Pensando ter amor nesse momento,
Desesperada, você tenta até o fim
E até nesse momento você vai lembrar de mim

Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada
Do tempo que transforma todo amor em quase nada
Mas quase também é mais um detalhe
Um grande amor não vai morrer assim
Por isso, de vez em quando você vai
Vai lembrar de mim

Não adianta nem tentar me esquecer...




Acho que todo mundo um dia já quis sair de um relacionamento assim por cima, se sentindo a última bolacha do pacote, pensando que a outra pessoa simplesmente não iria mais conseguir viver plenamente sem você. Bem, aconselho a quem pensa isso, a se acordar, a vida corre SIM, sem você! Podem deixar SIM de amar você. Podem voltar SIM a viver denovo. Não pense que esses "detalhes" duram por muito tempo... Com os anos cai no esquecimento, "outro cabeludo" aparece na rua dela e ela por um segundo até esquece que você um dia existiu. Com o tempo vocês se cruzam e pensam "acho que já vi ele/ela em algum lugar"... O esquecimento é sanativo, a distância sara qualquer ferida. Se você quer fazer uma "retirada estratégica", saiba bem o que quer, pois depois da decisão tomada, difícil será voltar atrás. O que realmente acontece é que ela acaba encontrando alguém que realmente a ame, e aí sim, se você muito servir, vai ser para ser comparado... Ah, mas o meu ex não fazia isso, nem aquilo...


Pra resumir, se você não for o Roberto Carlos, não termine com ninguém pensando que a partir dali ela só vai viver de "detalhes" de vocês dois, na verdade isso só funciona em poesia, em música e CLARO, em blogs românticos como esse aqui.




Beijos!!

sábado, 13 de setembro de 2008

Sonhos (by Elis)

THINK2

Naquele dia ela acordara decidida. Decidiu que mostraria a estante de sonhos mais profundos. Levou-lhe ao seu quarto, onde, escondida por portas e mais portas, seus sonhos mais secretos ficavam.

- Esta é minha estante, onde as minhas duas prateleiras ficam. Ali, na prateleira de baixo, moram alguns dos meus sonhos... Aqueles, ao alcance da minha mão! São o sonhos de que preciso todo dia.. Que preciso ver, sentir, tocar. Meus sonhos mais importantes... Aqueles sem os quais eu não vivo! Meus sonhos bonitos... Que não pretendo perder. São os sonhos nos quais nem dá tempo pra juntar poeira, pois são os sonhos que quero ter comigo o tempo todo.

- E na prateleira do alto? - perguntou ele.

- Lá moram meus sonhos impossíveis... Os que eu tenho medo de realizar. Aqueles sonhos que quero, que almejo, que necessito... Mas que, por medo da decepção, deixo que minha razão esconda lá em cima... Bem longe. Ficam lá, pra que eu olhe de vez e quando, pra que eu pense neles às vezes. Tem dias em que dá vontade de pegar uma escada e chegar lá. Mas, na maioria das vezes, prefiro observar daqui. É mais seguro...

- Mas... Por que está me mostrando isso?

- Porque eu queria que você soubesse que você é um sonho que coloquei na prateleira de baixo...

Autora: Srta. Elis do BLOG "Quase Tudo, Quase Nada".

 

Ah, gente... A Elis transformou em palavras algo que eu tanto quero falar, mas não dá... Trava!! O Medo trava!!

 

Bjo a todos! ; )

:: Cuide Bem

(clique para ampliar)



Cuide bem do seu amor, seja quem for...


Eu queria avisar aos leitores que passamos da marca de 10 mil visitas!! O A.T. com um ano e dois meses de vida, conseguiu essa marca histórica, além de mais de cento e sessenta postagens e tudo mais, né? Iupiiii!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

mais devaneios...

Esta história começa aqui.



E continua assim...




As bocas se separam como dois lados de um velcro novo.
Ela olha atentamente para as expressões do rosto dele.
Com as bochechas coradas, ela por um segundo se arrepende...
“E agora?” Pensa ela abaixando a cabeça.

- Ei linda, deixa eu te falar: amigos também se desejam, não fique assim.

Silêncio. Ela está revoltada com o que ele disse.

- Não era o que você queria?! Pois eu pensei que...

- Cala a boca, garoto! Você agora está me irritando. Quem te beijou aqui fui eu, então não venha com esse discurso de quem fez um favor para mim.

- Nossa, calma, o que houve com você? Só um beijo pra te deixar assim?

- É, pra você ver como são as coisas. Ás vezes desejamos algo por tanto tempo que acabamos nos esquecemos do que realmente se trata, das conseqüências que trás e assim por diante.

- Já está arrependida?! Nossa, você definitivamente é inconstante, viu?

- Sim, sou inconstante mesmo. Mas não é que eu tenha me arrependido, sabe? Eu só estou me lamentando... tudo poderia ser diferente.


Ele coloca aquela cara de confuso que ela tanto acha lindo.


- Ta, eu explico. Eu aqui realizei um grande desejo: te beijar. Coisa que há tempos venho pensando, imaginando... Daí com o beijo, fui às alturas e voltei. Pensei que existia algo mais entre céu e terra, algo sobre-real. Voltei atordoada, sem saber se conseguirei ficar sem isso pro resto da vida. Sabe como é, tudo é mais fácil quando a gente não experimenta. E seu beijo é uma droga sintética, da pior espécie que possa existir, me pegou de jeito e já me deixou viciada.

- Até aí não vejo o motivo do seu estresse. - Meio que se gaba, o rapaz.

- Calma, senhor insensível... Tudo estaria dentro dos conformes se depois do beijo eu escutasse uma palavra que me desse a esperança de que eu poderia ter daquilo muitas e muitas vezes. Você veio com uma proposta de amizade, garoto! Eu quero muito mais que isso.


Ele obviamente não sabia o que dizer.

- É nessas horas o silêncio é a melhor escolha mesmo. Tchau.

- Espera aí, me responde uma coisa!

- Você tem dez segundos.

- Você acredita em nós dois? Acha que daríamos certo?

- Por que não?!

- Preciso de respostas, não de mais perguntas!!

- Sim, garoto. Eu acho que se formos embora agora, estaremos desperdiçando uma oportunidade que a vida nos deu de sermos felizes nem que seja por um período limitado. Ou se tivermos sorte, seremos afortunados com um amor pra toda vida, quem sabe... Só arriscando pra saber.


Medo. É o que corrói a coragem e delimita a linha tênue entre ser o protagonista ou figurante da sua própria vida.



Continua...
Ou não... vai saber, né?!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

You driving myself crazy!


Se eu pudesse fazer mágica, brincaria com a vida de nós dois. Em um toque te desamarrava do teu passado, em um outro te grudava em mim. Como um passe de mágica nossas vidas teriam sentido juntas...

Se eu pudesse te mostrar o invisível, te mostraria minha alegria ao te ver, meu êxtase em te assistir falar, minha euforia em ter você por perto. Como quem sopra glíter ao vento, as coisas começam a ter sentido, pegam forma, ilustram a verdade. Não é porque você não enxerga que não exista! O amor, a fé, a tolerância e a esperança... Todas essas estão bem aí, esperando você pegar carona.

Não consigo te ver sem te desejar. Não consigo querer escutar nada mais que tua voz. Escutar palavras que imagino saindo docemente da tua boca. Eu não consigo separar, não consigo desassociar nós dois. Não consigo esquecer nossa pequena história que é simples, mas é só nossa, isso ninguém nos tira!

Quanto mais conversamos mais você me encanta, mas eu sofro, mas eu imagino possibilidades mil. Sonhadora? Que seja. Mas eu aposto que você também precisa de um pouco de sonho pra sonhar, e já que você não mais consegue, eu posso te emprestar os meus.

Desejo. Juro que não é só isso. Não pode ser. Tem sentimento sim, quando você não está meu coração aperta, te sinto mesmo na tua ausência, de tão real que é a saudade. Fico aqui a escrever coisas sem sentido, a esmo. Pra que? Para daqui a alguns meses eu te perder por completo? Depois sair lamentando o quão bom teria sido se nós tivéssemos dado uma chance para nós dois... Quem sabe!
Dia desses eu ainda te empurro na parede e te acordo pra vida. Fala! Fala o que você realmente sente! Me diz que esse mar de superficialidade é só fachada, e que você só está com medo. Assim eu fico com você, sentiremos medo juntos, não mais estaremos sós.

Uma coisa que eu nunca poderei me arrepender no final da minha vida, é não ter dado oportunidade aos outros. Oportunidade de me surpreenderem, de me machucarem... Todos sempre tiveram seus momentos comigo. O que fizeram com a oportunidade que eu dei é onde mora o dilema.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Querer E O Poder

 

Quem nunca quis um dia, algo que seria tudo pra você, você quis com todas as suas forças. Seja material, espiritual... Você simplesmente quis, dias e dias pensando... Até tê-lo. E agora?

Era aquilo mesmo? Será que era isso que eu realmente queria? Mas é tão simples, tão sem todas as purpurinas que eu sonhei, mas nem veio com o cavalo branco... Mas é tão imperfeito...

A vida prega peças na mente. Muita ilusão, muitas cores nos sonhos... E quando esses se tornam realidade, daí você perde o sono, você duvida, se arrepende... Até se acostumar que nada é tudo, que tudo não é perfeito e que perfeição não existe. Nos deparamos com o oco da realidade da matrix... (risos).

Já quis gente, que no final das contas eram incompletas e não conseguiram me convencer a ficar. Fui embora.

Já quis roupas mil, quando comprei choramos eu e meus cartões de crédito, até as parcelas terminarem e eu não ter onde usá-las, e elas terminarem no guarda-roupa. Semi-novas.

Já quis um notebook, depois de comprar fiquei sem dormir pensando se foi precipitação.

Daí cheguei onde eu queria: Até onde vai a realidade e a precipitação? Nem sei... Só sei que isso é péssimo... Onde está a sensação maravilhosa de conseguir algo? Que vazio é esse que se instala no lugar da suposta satisfação de realização? Não sei.

Talvez loucura, esquizofrenia crônica... (risos) Ou apenas algo normal que acontece com qualquer um - será?!

Don't know.

domingo, 7 de setembro de 2008

Casinha de Sapê

 

Não estou disposto
A esquecer seu rosto de vez
E acho que é tão normal
Dizem que sou louco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim

(...)

Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, lá na fazenda
ou numa casinha de sapê

Kid Abelha & Lenine
Casinha de Sapê

 

 Kid Abelha - Casinha de Sapé

 

Neste fim de semana anestesiado;
É horrível ficar sofrendo pensando assim.
Mas a gente não escolhe quem amar, nem muito menos por quem sofrer;
Continuo.

 

Bjos a todos, perdão pela ausência. ; )

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sadness...



Minha tristeza é involuntária.
Se o vento sopra um pouco gélido, alguém me trás motivos para chorar;
Se a árvore balança suas folhas, me entristeço pelas pequenas que caem ao chão.
Nada consegue ser tão bom, ser suficientemente bom pra mim.
Tudo está sempre pouco, insuficiente, inacabado, imperfeito.

Mas minha tristeza é só minha.
É meu meio de ser minha, ser apenas eu.
Onde eu me fecho, me enclausuro em mim mesma.
Fico literalmente só, sinto o frio da noite não só na pele, mas na alma.
A respiração já é difícil.
O batom já não tem mais aquela cor de antes.
As roupas não mais me servem, enxergo tudo em tons de cinza.
O mar bate silencioso, as andorinhas se calam.
Parece que o mundo parou pra me assistir sofrer.
Só o meu coração, a cada "tum" um "tic-tac" do relógio.
Quando isso vai parar?

Nem as drogas que me receitaram hoje fazem efeito.
Parece que enfim consegui construir um muro de concreto ao meu redor.
Se nem eu consigo atravessa-lo, nem drogas nem um bom psicólogo conseguirão esse feito.
Tudo vai aumentando, o mundo fica maior, os problemas, as dificuldades... Tudo é maior.
Maior do que eu, maior do que minhas forças, maior que minha fé.
Fé... Há tempos a estou procurando mas não acho.

Alguém faça parar essa dor.

Ontem cortei uma pontinha do meu dedo com uma faca amolada.
Não, eu não queria morrer (ainda).
Só quis sentir no meu corpo um pouco da dor aterrorizante que sinto no meu coração.
Não deu certo, meu coração e alma doíam muito mais.
Quanto tempo ainda vai durar?

Texto inspirado no filme "Banquete do Amor" que eu assisti esse fim de semana.




terça-feira, 2 de setembro de 2008

S.O.S.




Can you see that I am needing,
Begging for so much more,
Than you could ever give.
And I don’t want you to adore me,
Don’t want you to ignore me,
When it pleases you, yeah.
And I’ll do it on my own.
Muse - Muscle Museum



Chega de historinhas melosas... (really?!) A verdade crua é mais bela. Se eu vou implorar, tentar até não restar nenhuma grama de esperança, que não seja esse o momento certo para eu decidir - qual dos dois lados escolherei pra cair - pois não estou preparada (ainda!). Pois por mais profundo que seja o abismo de ambos os lados, a verdade é que eu me recuso a ficar no meio, indecisa, em cima do muro. Mas ao mesmo tempo, me recuso a cair. Contradição, como quem quer nadar sem se molhar, vejo a vida passar por mim, e eu apenas a toco com a ponta dos dedos, talvez apenas para lembrar a ela que ainda estou por aqui. Esperando, pedindo...


Apesar das carochinhas na cabeça, apesar de tantos textos ridículos, apesar de tantos pedidos de resgate, eu ainda estou viva. Ainda estou aqui e disposta a viver novamente, como dizia a Vanessa da Mata, "há tantas pessoas especiais"... Quem sabe tem alguém por aí nesse mundão se sentindo do mesmo jeito que eu, esperando nossos destinos se cruzarem (ou não). Talvez nada do que sonhamos exista, talvez nem o amor seja tão colorido assim como achamos...


Ah, vai saber... Esperar demais enjoa, demora, faz eu tomar a decisão errada. Mas quem disse que era "demais", né? É bem provável que seja a penas o "insuficiente"... Aí explica tudo... **it's sad... Ter que esperar mais, fazer com que a espera seja enfim "suficiente" e então eu conseguir me encontrar, encontrar a vida cor-de-rosa que a tanto tempo venho pintando. Talvez ela não venha com as mesmas cores, com os mesmos desenhos, talvez nem venha embrulhada para presente... Mas só em ganhá-la, isso já me basta, pois a quis (quero) tanto!!
**mood: sad!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

..devaneios




Rodinha de amigos na lanchonete da faculdade.


- Gente, licença, eu vou pra sala, tá?


(ela se retira)


- O que será que houve com ela? Eu falei algo que não deveria?

- Ah, sei lá, ela deve tá de bode hoje... hahaha

- É, vai entender as mulheres!

- Pessoal, eu também vou pra sala.

- Hum, sei... Vai é atrás dela.

- Té mais.


(ele também se retira)


- Linda! Linda! Espera aí! (ah, esse iPod irritante, ela fica surda mesmo...)


(puxando ela pelo braço, o garoto a assusta)


- Ai, que susto, garoto!


Meio nervosa ela sorri, estava torcendo para que ele viesse.

- O que você está escutando?


Ela põe um dos fones delicadamente no ouvido dele.

- Ah, é o tal Damien Rice? Nossa, é muito chato, hem?


Ela ignora.

- O que houve com você, hem? Saiu de lá tão rápido, foi algo que eu falei?


Agora eles estavam bem próximos, ela olhava fixamente para o rosto dele.

- Garoto, o que você faria se eu te beijasse agora?


Ele extremamente sem jeito, responde:

- Oras, você é doidinha, hem? Eu me sairia, ora bolas, eu sou comprometido!

- Então saia da minha frente o mais rápido possível.

- Não, você não ousaria.

- Pensei que você me conhecesse um pouco mais, mas parece que não.


Ele arqueia as sobrancelhas.

- Ou não, né? Você me conhece bem, tá falando isso de propósito, pra ver onde vai dar. Você é incrível mesmo. Ai... Santa paciência!!

- Fecha teus olhos, vai!

- Quê?!

- Fechas os olhos, oras!!


Ela fecha, imaginando o que ele iria aprontar.

- Segura em mim, e me acompanha. Não abra os olhos, viu?

- Ai, meu pai... hahaha


Eles chegam.

- Pode abrir os olhos.

- Nossa! O lugar que eu mais amo nessa faculdade, e também o lugar que eu menos vou... Você tem bom gosto. Aqui eu me sinto muito bem.


Ele a abraça de leve por trás, fica assistindo aquela paisagem.

- Você já se imaginou namorando comigo?

- Você já?!

- Eu perguntei primeiro!


Ela se vira e só responde.

- Você que pediu!


Eis que se materializa o beijo que ambos sonharam por tantos meses.





**A história continua. Ou não... Vai saber...