inDecências
Olha pra mim de forma doce, mas olha com muito desejo também.
Chega devagar, mas também chega firme, me jogando na parede.
Me beija de leve, mas me beija com força também.
Toca com tua língua de leve nos meus lábios, como se tateasse terreno desconhecido.
Toca com tua língua de leve nos meus lábios, como se tateasse terreno desconhecido.
Prende tuas mãos em minha cintura e me cola em teu corpo.
Com as pontas dos dedos, acompanha toda a silhueta de meu corpo, me deixa arrepiar.
Com as pontas dos dedos, acompanha toda a silhueta de meu corpo, me deixa arrepiar.
Beija meu rosto, escorrega para a minha orelha, sussurra algumas indecências.
Toca de leve, com a ponta da língua, no lóbulo da minha orelha, treina uma mordida.
Toca de leve, com a ponta da língua, no lóbulo da minha orelha, treina uma mordida.
Volta aos teus discursos ao pé do ouvido, não precisam de muito sentido, só fala do teu desejo, do calor que estás sentindo.
Volta a me beijar, hora de leve, hora com força.
Com teu joelho, abre minhas pernas de leve, lentamente, encaixa tua coxa entre as minhas. Me provoca uma dor aguda, é muito bom. Faz calor, de dentro pra fora, como em um vulcão no gelo desse quarto.
Uma hora pára, me olha lá no fundo dos olhos.
Não precisa divagar sobre o amor, ou muito menos paixão, só me olha bem dentro dos olhos, e me diz quem realmente sou pra você, fala pelo olhar.
Sem o uso de palavras. Me deixa medir teu desejo pelos teus olhos e pelo teu toque, não precisa dizer o quanto, eu vou perceber.
Olha pra mim, como se apreciasse uma paisagem natural que nunca vistes. Selva virgem, nua, nunca explorada. Rio caudaloso, doce e perigoso. Toma gosto, mergulha em mim.
Volta aos beijos, agora mais leves, como se bebesse um vinho caro.
Escorrega tua mão por todo o meu corpo, como quem conhece uma cidade na palma da mão. Me diz que sou só tua. E que tu és todo meu.
Escorrega tua mão por todo o meu corpo, como quem conhece uma cidade na palma da mão. Me diz que sou só tua. E que tu és todo meu.
Num calor infortúnio, solta os laços, botões e zíperes. Seja rápido, me desprende das roupas. Te soltas também. Ou solta botão por botão, como quem quer me assistir fritar.
Corpos nus, palpitando juntos, suando juntos. Espasmos de prazer, de loucura. Bocas, saliva, fluidos corpóreos, no escuro...
Hora de aumentar a música que toca no ambiente, enquanto me acomodo na cama e você se prepara.
Mais toque, agora depressa... Temos sede de prazer.
O prazer vem em ondas sinuosas. Hora picos e gemidos. Hora vales e sussurros. Prendes-me entre a realidade e teu peito. Enquanto o ar se vai, docemente.
O prazer vem em ondas sinuosas. Hora picos e gemidos. Hora vales e sussurros. Prendes-me entre a realidade e teu peito. Enquanto o ar se vai, docemente.
Respiração difícil, ondas de dor, misturadas com prazer. Nem sei mais dizer o que sinto. Mas é bom, muito bom. Dentro de mim, estás dentro de mim. Dois que se tornaram um.
De um lado pro outro, de cima a baixo. Peço que vás mais profundo, como se ansiasse mergulhar sem oxigênio pra dentro do oceano. Não quero saber voltar. Só quero ir, sem volta.
Mais bocas, saliva. Peço mais um pouco, mesmo cansados.
Como quem raspa a panela de brigadeiro, exijo tudo, até o final, consumo você por completo. Até a última gota de teus líquidos.
Suspiro. Como em um arrepio, voltamos a ser dois. Exaustos.
Te beijo lentamente, te pondo pra dormir.
Mexes no meu cabelo, diz-me que não mais imaginas tua vida sem mim.
Me sorri um sorriso de promessa. Promete muito mais, e mais vezes, mais dias. Me promete que isso não vai mais acabar. Jura que é eterno.
Eterno ao menos até amanhecer o dia, e sorrindo tomarmos um banho frio coladinhos, imaginando a desculpa que iremos dar pela escapada do dia anterior.
Adormece o sono profundo dos deuses.
*UP*: Este meu texto foi publicado num livro chamado "CRÔNICO!", uma coletânia brasileira de Contos, em 2011.
8 comentários:
uhhu Dreyckaaa... parece que vc está num sonho erótico ou qualquer coisa do gênero. Fisgou? Seu jeito insinuante o fisgou? .. ahsudhaus.. olhaaa, que isso foi de uma (in)decÊncia que pelamordedeus!!!.. ahsduahsuda
mas adorei o jeitoq eu discorreu, o jeito que nos prendeu, as palavras se tornando imagens, que se formavam no interior do nosso ser íntimo, que desejava-a tão ardentemente qndo vc a ele..
tá tá, eu voei na batatinha, mas e daí? eu tb quero escrever assim como vc, de uma proeza sem limites, sem escrúpulos..
isso tudo pra dizer que AMEI o post!!!.. melhor de todos! por mim leva o Oscar!!!
alohaaaaaa
ps. coment meio big, não?
Oieee...tem presentinho pra vc lá no meu blog viu!
beijão!
belíssimo post.... um pouco comprido mas adorei o conteúdo...
bjs
Drycka,
que post é esse amiga,amei!!!
tô com saudade de tu!
Beijosssssssssss
Iêda
há...
adorei a nova cara do seu blog
tá lindo sua cara!!!
beijo, amiga!!!!!!!!!!
ihuuu dreycka, valeu pelo coment.. as vezes até eu dou uma louka de escrever bem tb.. hehe
alohaaa
Woooow!
Extremamente quente!
Realmente gostei... Se a intenção foi cativar um lado mais "carnívoro" do ser humano... Comigo você conseguiu! =D
Perfeita a sua postagem, lida demais!
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