Parafrasiando o blog que amo, Divã Rosa Choque, me atrevo aqui a imitar uma "interpretação cretina" com a música CONDICIONAL, da eterna banda Los Hermanos. Sim, a música é antiga, mas sabe como é, panela velha... comida boa... rsrsrsCondicional - Los Hermanos
Quis nunca te perderTanto que demaisVia em tudo o céuFiz de tudo o cais
//É, tanto que eu quis você, que comecei a ver tudo cor de rosa, relevei problemas e defeitos. Tudo era lindo e tudo era razão para eu me prender a você.//
Dei-te pra ancorar
Doces deletérios
//Me dei a você. Me doei.//
Eu quis ter os pés no chão
Tanto eu abri mão
Que hoje eu entendi
Sonho não se dá
É botão de flor
O sabor de fel
É de cortar.
//Então eu enfim caí na real. Percebi que não posso te emprestar meus sonhos, se você não tem os seus. E quando abri os olhos, o sabor que restou era amargo. Foi difícil acordar pra isso.//
Eu sei é um doce te amar
//Te amar é doce! É lindo! É apaixonante.//
O amargo é querer-te pra mim
//Difícil é querer viver. Conviver. Entender e ser entendida. Difícil é o dia-dia.//
O que eu preciso é lembrar, me ver
Antes de te ter e de ser teu, muito bem
//Ah, se eu tivesse lembrado de mim, priorizado minhas vontades, antes mesmo de querer ser tua, ou querer que você fosse meu. Não deveria ter esquecido de mim.//
Quis nunca te ganhar
Tanto que forjei
Asas nos teus pés
Ondas pra levar
//No final das contas, acho que nunca quis que desse certo, pois a todo momento eu idelizava, projetava coisas fora da realidade. Te via como um anjo, perfeição na qual nem eu mesma acreditava.//
Deixo desvendar
Todos os mistérios
//Talvez tanta projeção só tivesse sido pelo prazer de desvendá-las, desmascará-las. Mórbido, não?//
Sei, tanto te soltei
Que você me quis
Em todo lugar
//Talvez no começo tenha sido assim mesmo. Te soltei tanto, que você me quis junto. Mas no passar dos dias, eu também te quis junto. Aí você queria tá solto. Quem vai entender?//
Lia em cada olhar
Quanta intenção
Eu vivia preso
//E se houve alguma coisa que me manteve presa, foram tuas intenções. Primeiras, segundas... A fome no olhar. A sede no toque.//
O que eu queria, o que eu fazia, o que mais?
Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê?
Não sei mais
//Ponderando tudo o que eu fiz, o que vivi, o que fomos... Eu percebi que não sabia de nada, e que talvez, no final das contas, simplesmente não valia mais a pena.//
Os dias que eu me vejo só
São dias que eu me encontro mais
E mesmo assim eu sei tão bem
existe alguém pra me libertar.
//Cresço muito mais sozinha, tendo em mente que tudo isso vai passar, e sempre haverá alguém com quem eu posso contar.//
Enfim, acabou.
Pois tudo o que é vivo, morre.
Drêycka.