terça-feira, 21 de abril de 2009

O Dilema da Corda

"Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos.
Como um deus e amanheço mortal.
E assim, repetindo os mesmo erros, dói em mim.
Ver que toda essa procura não tem fim.
E o que é que eu procuro, afinal?
Um sinal?
Uma porta para o infinito?
O irreal?
O que não pode ser dito, afinal...
Ser um homem em busca de mais! De mais!"
Silêncio das Estrelas - Lenine



E você se recupera...


Volta a sonhar e planejar. Começa a acreditar em coisas antes inimagináveis. Volta a sorrir, suspirar e até a ousar. Como tudo está bem! Como tudo está lindo! Como tudo deu tão certo... Tão rápido, encontrei quem eu queria. Sem procurar achei quem me faltava.


Mas aí é tomado de mim. Daí rui, como uma fachada de prédio antigo no passar dos anos. Descasca, desmorona, cai. Se acaba. Te tira o chão. Perdem-se os sentidos. Pra onde remar agora? Cadê meu norte? Minhas certezas e convicções?


E mesmo com um dos pés no chão, fui atingida. Caí também. Pois quem nunca acreditou que fosse possível, hoje se espanta. Se minha garantia de não “flutuar demais” era ter um dos pés presos ao chão, caí do mesmo jeito. Talvez não de cara, mas me machuquei. Tão previsível...


E é assim que a gente percebe que não temos controle sobre si. Não dá para prever sentimentos, restringir totalidades nem privar o coração. É em vão. Tudo segue seu rumo com ou sem seu consentimento. Você é pega de surpresa, estando assegurada ou não. No amor o jogo é sempre imprevisível. Quanto mais você pensa que está conseguindo se controlar, se conter, agir com a razão, mais você se decepciona no final. Quando a crise vem, quando o inesperado enfim acontece, você estará desarmada e desprotegida como qualquer um. Com ou sem suas convicções.


Eu não me envolvo por completo nunca! Eu sempre desconfio dos extremismos e do amor incondicional. Eu uso a razão sempre! Mentira. Ninguém é assim o tempo todo. Ninguém age assim a todo o momento. A verdade é que é mais fácil para você se envolver, tendo isso em mente. Como uma garantia de não se machucar, não sofrer. Será que estou sendo redundante?


Ah, o amor... Nunca ninguém conseguirá sair vitorioso desta batalha constante que é o amor. Como um cabo de guerra eterno, onde a razão puxa de um lado e a emoção do outro. Você nunca sossega, e perde quando o cabo se parte.


O meu está prestes a se romper.




Não sei o que farei se eu te perder...

7 comentários:

Conversa Inútil de Roderick disse...

Arranjas outra corda...

Srtª Elis° disse...

sempre com belas palavras....
xero fofix!

meus instantes e momentos disse...

gosto de voltar ao teu blog, gosto de vir aqui,.
Maurizio

Cruela Veneno da Silva disse...

troca a corda por uma corrente

Vivianne Soares disse...

calma e boa sorte!

beijos!

Anna Oh! disse...

Já tive todas essas coisas em mente, tentei agir com os pés no chão, já me joguei de cabeça e sempre que teve que chegar ao fim, chegou. E doeu do mesmo jeito. Acho q o q vale nesse tal jogo do amor é se despir, ser espontâneo, é fazer o q se sente, o q sente vontade... aquelas vontades do fundo da alma.
O essencial é saber q vc não é a extensão de uma corda, e q se refaz independente dela.


Bjusssssss e bom findi!

Anônimo disse...

iae dreycka.. primero, o titulo e a imagem ta mto chic!! adorei o another thoughts!
depois, q post eh este? tá na corda? como asim? me informa... vou falar ctg.. preciso por as fofoca em dia!!
bjs alohaa