sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pedido de Aniversário

Não costumo fazer muita expectativa com meus aniversários. Pra mim cada ano é igual, e não muda de 20 pra 21, ou de 22 pra 23 como agora. A única singularidade esse ano é que irei fazer 23 no dia 23. E isso é, além de bonitinho, bem especial pra mim por que eu amo o número 23. Muito antes do filme [macabro] com Jim Carrey. Eu gosto muito desse número, e após o número 1 é o mais charmoso.
Dessa forma, pensei em fazer uma campanha aqui no blog! Me dê um livro de presente. (kkkkkk) Brincadeira. Só resolvi listar os livros que eu quero ganhar dia 23/11/2010, e que provavelmente eu vou ter que comprá-los ao longo do ano, pois ninguém vai me dar… kkk Muita gente acha brega dar livro de presente. Eu acho um charme, e extremamente tocante. Principalmente se você já leu aquele livro, e vai dar ao outro pra que ele compartilhe com você a experiência. Enfim, segue minha listinha.

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PEQUENA ABELHA
Chris Cleave






QUERIDO JOHN
+
A ÚLTIMA MÚSICA
Nicholas Sparks


Anjo


BEIJADA POR UM ANJO
Vol. 1 + Vol. 2
Elizabeth Chandler




DESAPARECIDO PARA SEMPRE
Harlan Coben





Bem, se isso tudo não me fizer ganhar nada, pelo menos serve de dica pra vocês, caros leitores! :D
Aldrêycka Albuquerque

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mulheres Misteriosas



Uma vez conheci uma moça que poderia disputar o posto de mulher mais encantadora do mundo. Linda e espalhafatosa, ela ria alto, falava alto e tinha uma multidão de amigos – além de uma legião de fãs. Poucas mulheres poderiam ser mais queridas ou mais desejadas, mas ela não estava satisfeita.

Seu sonho, ela me disse, era ser misteriosa. Lembro dela com o rosto parcialmente escondido atrás do batente, me olhando com olhos semicerrados e exibindo nos lábios uma expressão desdenhosa – assim, ela dizia, deveria ser uma mulher realmente sedutora, não aquela coisa luminosa e transparente que ela tinha nascido para ser. Eu ria da inocência dela.

Essa história tem alguns anos, mas não saiu de moda. As mulheres, como os homens, têm na cabeça receitas de como deveriam ser – em oposição aquilo que são de verdade.

Outro dia eu falava sobre isso com uma colega e me lembrei do Clint Eastwood. Eu queria ser como ele quando adolescente. Não falo dos olhos azuis ou da cara de gringo, mas da atitude. Seus personagens no cinema eram lacônicos, distantes, intimidadores. Aquilo era um homem de verdade, eu pensava. Não o garoto cordial e sorridente que eu era.

O tempo passa, mas esses estereótipos não desgrudam de nós. Todos os dias se reúne na nossa cabeça um tribunal que julga nossos atos à luz do que deveríamos ser. E raramente nos saímos bem dessa comparação, homens ou mulheres. Há um déficit de expectativa que vai sendo administrado pela vida afora. O tempo e a maturidade ajudam a reduzir o fardo, mas não o eliminam. Dentro de nós permanece uma voz que critica, compara, critica, compara, critica...

Não sei se adianta dar conselhos sobre essas coisas, mas vou fazer as minhas observações.

As mulheres mais interessantes que eu conheço são originais. Elas não cabem nos dois modelos de sedutora dos filmes, que admite apenas as variedades “misteriosa” e “meiga”. Elas são muito diferentes disso. Algumas são tímidas e nos atraem por causa disso. Outras falam demais e nos provocam ternura. Há as brilhantes e as bravas, cuja aprovação nos parece um prêmio. E as safadas, que, ao nos escolher entre tantas experiências e possibilidades, nos fazem sentir realmente especiais.

Nenhuma dessas mulheres é perfeita. Nenhuma delas saiu de um filme de suspense ou de uma comédia romântica com as falas prontas. Elas são de verdade e por isso erram, gaguejam, bebem demais e às vezes perdem as estribeiras, o que as torna humanas e amáveis, no sentido de poderem ser amadas.

Da minha parte, tenho preferência por seres humanos meio perdidos, que parecem perguntar todos os dias o que os trouxe ao mundo e para quê. As pessoas que nasceram com GPS e sabem a cada momento para onde estão indo não me provocam empatia. Tendo a me apaixonar pelas fragilidades dos outros, assim como outros homens que eu conheço se apaixonam pela força e pela virtude das mulheres. Somos diversos, não somos?

O importante, eu acho, é se livrar dos estereótipos. Hoje em dia a moça que queria ser misteriosa já deve saber que ela é um estouro à sua própria maneira escrachada, assim como eu percebi que o Clint Eastwood é genial na tela, mas não cabe nem por um segundo na minha vida.

A gente vive, vai iluminando os pedaços escuros da alma (e da biografia) e percebe que aquilo que fizemos de nós mesmos é mais interessante do que os personagens do cinema.Os modelos que tinham nos vendido na adolescência ficaram obsoletos. A moda no século 21 é ser você mesmo, sem causar danos aos outros e ao meio ambiente.


Autor: IVAN MARTINS

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Casamento e Desejo



É verdade que um acaba com o outro?

Cerimônias de casamento sempre me deixam um pouco melancólico. Em geral, esse sentimento se acerca na hora dos votos, quando os noivos, diante do padre e dos convidados, fazem a promessa solene e fatídica: amar e respeitar, por toda a vida. Antigamente se dizia “até que a morte nos separe”, mas a formulação foi trocada pela outra, menos mórbida.

Desde que me tornei adulto e tive experiência direta do casamento, passei a ter a impressão de que há uma omissão reveladora no voto matrimonial. Ele fala em “amar e respeitar”, mas não em “desejar”, embora o desejo seja um componente de enorme importância na vida dos casais. Alguém mais romântico dirá que o verbo desejar está implícito no verbo amar, mas eu não acho que seja tão simples.

A mim parece que o verbo desejar é omitido por não termos controle sobre ele. Respeitar é algo que podemos prometer. Depende da nossa vontade quase inteiramente. Amar, por outro lado, é tão abstrato, o verbo esconde tantas variedades de sentimentos, que algum deles, ou a soma deles, é certamente capaz de durar a vida inteira. Amor como carinho. Amor como amizade. Amor como admiração. Amor como dependência e necessidade do outro.

Quem não cabe nessa fórmula é o desejo!

Como se pode prometer desejar alguém para o resto da vida? Desejo é um impulso espontâneo que se manifesta de forma física. Como a raiva ou a repulsa ou o riso. Ele é básico, concreto. Nos homens não pode ser simulado. Ou se tem desejo ou não se tem. Não adianta fingir, embora se possa negar. Pode-se recusar o próprio desejo (aquilo que os religiosos chamariam de tentação) com base em convicções morais ou religiosas. Mas com base nessas mesmas convicções não se pode invocar o desejo. Ele só aparece quando quer, com quem quer.

Vem daí a minha melancolia com as cerimônias de casamento. Eu acredito sem hesitar que as pessoas vão se amar e se respeitar pelo resto da vida. Mas será que vão se desejar? Quanto tempo antes que aquele casal que não consegue tirar as mãos um do outro comece a se olhar com indiferença? Quantos anos antes que o sexo perca a graça e mergulhe em melancólica freqüência mensal ou quinzenal?

Confesso que sou pessimista quanto a isso. Toda vez que uma amiga se queixa que o fulano, seu namorado ou marido, “não é mais como era”, não sei muito bem o que dizer. É assim que acontece. E, ao contrário do que imaginam muitas mulheres, não tem a ver com falta de amor. O sujeito ama, mas não tem mais vontade de transar. Pelo menos não com a mesma frequência e a mesma intensidade. Dá pra entender?

É importante sublinhar a separação entre sexo e amor porque as mulheres enlouquecem com isso. Na cabeça delas sexo e amor (às vezes) formam um só pacote. Logo, se o sujeito já não exibe a mesma rigidez instantânea, só pode ser sinal de que deixou de amar.

Mas isso é loucura, uma vez que as próprias mulheres separam muito bem o seu afeto da sua vontade de fazer sexo. Outro dia eu ouvi a seguinte frase: “Eu não quero transar todo dia, mas quero que ele queira transar comigo todos os dias”. Por quê? Por que senão ela acha que “tem boi na linha”. Vaca, mais propriamente. Mas aí não dá, madame. O sujeito tem de ficar ali, mostrando serviço, para que a senhora não fique insegura? Já pro analista!

Descontadas as piadas, acho que nesse assunto se aplicam as escolhas, como em todos os demais. Quem quer emails apaixonados, olhares gulosos e sexo que vara a noite talvez não deva se casar. Nem morar junto. A vida matrimonial permite uma infinidade de coisas gostosas e importantes, ela dá um sentido especial à existência, mas ela, ao mesmo tempo, broxa uma boa parte dos casais. Pode acontecer com você, apesar do carinho mais imenso e dos votos solenes de casamento

AUTOR: IVAN MARTINS

terça-feira, 26 de outubro de 2010



O RIO - Ana Carolina
Eu vou atravessar o rio a deslizar
Que me separa de você
O tempo atravessa em meu lugar
E deixo pra depois o que eu tinha que fazer
O destino aceito sem dizer sim ou dizer não
Sem entender

E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei
Mas com você eu fico sem saber onde estou

Nós dois que sequer nos parecemos
E não cabemos num mesmo espelho
Mas nos olhamos toda manhã

A ferrugem mesmo pouca
Corrói os trilhos
As ruas nos atravessam
Sem olhar pro lado
Estou em você

E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei
Mas com você eu fico sem saber onde estou

Eu vou atravessar o rio a deslizar
Que me separa de você
O tempo atravessa em meu lugar

E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei
Mas com você eu fico sem saber onde estou

Eu vou atravessar o rio a deslizar
Que me separa de você

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Te amei mais que a mim





Mais que a mim - Ana Carolina & Maria Gadú

Ouvi dizer que você tá bem
Que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou, mas agora eu vou

Tentei falar mas você não soube ouvir, tente admitir
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim
Ah, bem mais que a mim, mais que a mim


http://www.youtube.com/watch?v=cPE6fpy-pr8

..maturidade..


"Não requeira de mim uma maturidade que eu me recuso a ter."

Aldrêycka Albuquerque

domingo, 24 de outubro de 2010

:: só vinte dias ::



Ninguém sabe de onde vem, mas todos sabem para onde vai: lugar nunhum. Dói saber que meu antídoto é na verdade meu maior veneno - a sensação de elixir que ele proporciona ao meu corpo, é igual ao veneno de escorpião correndo de corrente sanguínea a baixo. Ele é tóxico, mas meu corpo pede. E se eu tivesse um desejo pra fazer, pediria apenas mais 20 dias junto  a ele. "Nós dois sozinhos num lugar deserto. / Meu corpo junto ao seu por mais um pouquinho." - como diria a música do Arnaldo Antunes. Só vinte dias rindo juntos, jogando conversa fora. Falando asneiras, falando de amores, de desejos... Ficar até as dez da manhã na cama, roçando pé-com-pé e conversando sobre as frivolidades do mundo. Ficar enrolada num lençol por horas a fio, enquanto discutimos sobre a relatividade das coisas. Passear na praia de tardezinha, esperando pra ver o espetáculo do astro rei ao ir embora. Passar noites em claro no corpo a corpo que tanto gostamos. Ter "papos cabeça" nus, esparramados na cama. Rir das nossas piadas, que só nós entendemos. Fazer apostas bobas só pelo prazer de perdê-las e ter que ceder aos desejos escusos e úmidos um do outro. É, de fato vinte dias destes com ele pra mim estava mais do que suficiente. Vinte dias ou minha vida de volta.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Mar e O Amor


"Sempre que preciso parar e me lembrar de quanto amei Andrew um dia, basta pensar nisso. O fato de o oceano cobrir sete décimos da superfície da terra e ainda assim meu marido ter conseguido me fazer não notar tal coisa. Era a dimensão dele em minha vida."
PEQUENA ABELHA - Chris Cleave



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Paixão Se Perdeu



"Como alguém perde uma coisa dessas? De repente nos vemos completamente apaixonados por alguém, dispostos a passar o resto dos nossos dias ao lado dessa pessoa. Achamos que tudo o que ela faz é fascinante. Como esse sentimento pode simplesmente desaparecer?"
Confie em Mim - Harlan Coben

domingo, 17 de outubro de 2010

Quedinha à toa



"Tratava-se, no entanto, de uma quedinha à toa, mais uma admiração que um desejo real ou qualquer outra coisa. Não provocava insônia, não machucava, tampouco invadia as fantasias dela, nem as sexuais nem quaisquer outras. Ela admirava o charme dele, mas não o cobiçava. Desejava encontrar alguém que tivesse aquelas mesmas qualidades, mas essa pessoa, Deus era testemunha, estava demorando a chegar."
Trecho do livro "Confie em Mim" - Harlan Coben

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Talvez te ame ainda...


arnaldo antunes 
:: sem você ::


pra onde eu vou agora livre mas sem você?
pra onde ir? o que fazer? como eu vou viver?
eu gosto de ficar só, mas gosto mais de você.
eu gosto da luz do sol, mas chove sempre agora sem você
sem você...
 

às vezes acredito em mim, mas às vezes não
às vezes tiro o meu destino da minha mão
talvez eu corte o cabelo,
talvez eu fique feliz,
talvez eu perca a cabeça,
talvez esqueça e cresça sem você
sem você...


talvez precise de colchão, talvez baste o chão
talvez no vigésimo andar, talvez no porão
talvez eu mate o que fui,
talvez imite o que sou,
talvez eu tema o que vem,
talvez te ame ainda
sem você...
sem você...
 


...sem você...





-- E a saudade que dá de quem não fui? De quem nem tive? Cansa e dói mais não te ter por perto em tempos como esse. Pra dividir a cama, as preocupações e a xícara de café. Pra ter que disputar o cobertor; pra ter meio problema; e meia xícara de café morno depois te tanta conversa... Saudade de quem não fui. -- aldrêycka albuquerque

domingo, 3 de outubro de 2010

Sussurro: Hush, Hush

sussurro


“…Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas os lançou ao inferno e os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo…” 2ª Pedro 2:4


-“Sou da prole do demônio. Escutai com atenção, preciso de um favor. Não partirei até conseguí-lo. Preciso de vosso juramento de fidelidade. Vós sois um nephilim. Vosso verdadeiro pai foi um anjo expulso do céu. Metade do vosso sangue é mortal, metade é de anjo caído.”








Escrito pela mais nova escritora Becca Fitzpatrick, da [super] editora Intrínseaca, Sussurro é um romance meio thriller arrebatador, que não te deixa desgrudar os olhos do livro. Ao pegá-lo ontem às 15:30h, meu obejtivo era apenas começar a leitura, mas na verdade, fiquei até às 23:35 até terminá-lo. Só parei para “reabastecer’ (banheiro, água, lanchinho enquanto lia). Enfim, o livro de fato é instigante.


Antes de recomendá-lo a vocês, gostaria de lembrar que ele NÃO é um livro científico, porém um romance de ficção [entre um anjo caído e uma garota]. Mas como tem muitas referências a anjos, demônios, nephilins e ao Livro de Enoch, achei por bem de deixar aqui essa dica. Se alguém aqui pensou na saga crepúsculo, admito algumas poucas semelhanças, mas Sussurro seria uma versão muito melhorada. Sem meninas fúteis e idiotas, sem mocinhos/vilões de merda.


Também aproveito para deixar uma crítica: “Nunca se apaixonar por um demônio foi tão lindo, excitante e bem sucedido”. Pessoal, leiam este livro com os olhos do entretenimento, mas liguem o dispositivo do senso lógico, ok? Não existem demônios bonzinhos, nem existe a possibilidade deles sentirem paixão ou amor por ninguém! Muito menos existe a possibilidade de retorno ao céu [óbvio!] – anjo que caiu não sobe mais!! Mas enfim, em Sussurro tudo é lindo e empolgante, mas vamos abrir os olhos, ok? VAMO LER DE TUDO, E RETER O QUE É BOM – e verdadeiro!


Boa leitura pra quem quiser aceitar a dica!! No link abaixo você pode comprar de forma super rápida E SEGURA “Sussurro - Hush, Hush” pela Submarino. Eu garanto! Comprei meu exemplar por lá!



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