E Anne continuou: - “Ó! Mas eu espero ser justa para com tudo o que sente e para com aqueles que se parecem com você. Deus me defenda de menosprezar os sentimentos afetuosos e fiéis de quaisquer dos meus semelhantes. Eu acredito que vocês são capazes de tudo que é grandioso e bom em nossa vida matrimonial. Acredito que são capazes de fazer qualquer esforço importante e qualquer sacrifício pessoal desde que... se me permite a expressão, desde que tenham ‘um objetivo’, ou seja, enquanto a mulher que amarem estiver viva e viva para vocês. O privilégio que reclamo para meu sexo (que não é muito invejável, não precisa cobiça-lo...) é o de ‘amar mais tempo’, quando a existência ou a esperança já desapareceram.”
“Você tem uma boa alma...”, exclamou o capitão Harville colocando-lhe a mão afetuosamente no braço. “Não é possível discutir com você.” Virou-se, e disse: “Agora, Frederick, creio que nos vamos embora”, disse ele para o capitão Frederick Wentworth que estava na escrivaninha ao lado dos dois, assinando alguns documentos e em determinados momentos mostrando-se sutilmente atraído pela conversa entre o amigo, capitão Harville, e a doce Anne Elliot.
O capitão Harville despediu-se com um “Bom dia, bem haja!”, mas Wentworth não disse nada, nem sequer olhou para Anne. Saiu da sala sem a olhar! Ela só teve tempo, contudo, de se aproximar da escrivaninha onde ele estivera a escrever, quando se ouviram passos; a porta abriu-se; era o Frederick. Ele pediu desculpas, mas tinha-se esquecido das luvas, e atravessou imediatamente a sala até à escrivaninha e, colocando-se de costas para as outras pessoas da sala, tirou uma carta debaixo dos papéis espalhados pela mesa, e colocou-a em frente à Anne, fitando-a por um momento com um olhar brilhante de súplica. Pegou rapidamente as luvas e voltou a sair da sala, tudo muito rapidamente.
“Você tem uma boa alma...”, exclamou o capitão Harville colocando-lhe a mão afetuosamente no braço. “Não é possível discutir com você.” Virou-se, e disse: “Agora, Frederick, creio que nos vamos embora”, disse ele para o capitão Frederick Wentworth que estava na escrivaninha ao lado dos dois, assinando alguns documentos e em determinados momentos mostrando-se sutilmente atraído pela conversa entre o amigo, capitão Harville, e a doce Anne Elliot.
O capitão Harville despediu-se com um “Bom dia, bem haja!”, mas Wentworth não disse nada, nem sequer olhou para Anne. Saiu da sala sem a olhar! Ela só teve tempo, contudo, de se aproximar da escrivaninha onde ele estivera a escrever, quando se ouviram passos; a porta abriu-se; era o Frederick. Ele pediu desculpas, mas tinha-se esquecido das luvas, e atravessou imediatamente a sala até à escrivaninha e, colocando-se de costas para as outras pessoas da sala, tirou uma carta debaixo dos papéis espalhados pela mesa, e colocou-a em frente à Anne, fitando-a por um momento com um olhar brilhante de súplica. Pegou rapidamente as luvas e voltou a sair da sala, tudo muito rapidamente.
Continua...
Esta é a segunda parte de três (1/3; 2/3; 3/3), do trecho adaptado do livro da Jane Austen, "Persuasão".
2 comentários:
mal posso esperar para o fim deste trecho,gostei muito.
bjos, Dreycka
mal posso esperar para o fim deste trecho,gostei muito.
bjos, Dreycka
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